Se dizem que precisamos de “apenas 21 dias” para criar novos hábitos, por que tantos planos acabam esquecidos? Quantas vezes começamos o ano cheias de resoluções para a nossa vida e nossas pequenas empresas, mas logo nos damos conta de que elas ficaram para trás?

Nem precisam ser resoluções de Ano Novo! Pense naquelas que você faz à noite e não viram prática no dia seguinte. Ou as de domingo que duram até, no máximo, quarta-feira.

Isso acontece porque, muitas vezes, criamos metas desconectadas da nossa realidade ou das estratégias que realmente trazem resultados. E quando não conseguimos, desanimamos.

Mas eu tenho uma proposta: vamos pensar de forma mais criativa e realista? Colocar nosso planejamento estratégico em prática, criar um tema que transforme planos soltos em ações concretas e, finalmente, construir os hábitos necessários para o dia a dia?

Nosso foco aqui será nas nossas pequenas empresas e no nosso eu-empreendedora. Afinal, estamos aqui para crescer de forma estruturada e alinhada ao propósito das nossas marcas. Vamos lá?

Dividir o ano em meses e trimestres torna mais simples manter o foco e a constância. Essa prática ajuda a transformar grandes objetivos em metas menores e mais alcançáveis. Pense nos próximos três meses como um “mini ano”. E responda:

• O que é mais importante para a minha empresa nesse período?
• Qual resultado quero alcançar até o final desse trimestre?

Trabalhar com períodos mais curtos permite:

• Fazer ajustes ao longo do caminho.
• Avaliar o que deu certo e o que precisa melhorar.
• Ter mais clareza e controle sobre o que está funcionando.

Além disso, a cada trimestre – ou até mês ou semana, você pode redefinir prioridades com base nos resultados anteriores, mantendo sua empresa em constante evolução.

Planejamento estratégico pode parecer algo complicado, mas, na prática, é simplesmente sobre definir o que é importante e alinhar suas ações a isso.

Para uma pequena empreendedora, significa:

• Identificar suas prioridades: o que é mais importante para o seu negócio agora? Pode ser aumentar vendas, lançar um novo produto ou melhorar sua presença digital.
• Definir objetivos claros e alcançáveis: por exemplo, “aumentar as vendas em 10% nos próximos 3 meses” é uma meta clara.
• Alinhar suas ações ao seu objetivo: se sua prioridade é aumentar vendas, suas ações devem focar em estratégias de marketing, atendimento e retenção de clientes.

A ideia é simples: faça menos, mas faça melhor. É como Gary Keller explica no livro A Única Coisa: quando você foca no que realmente importa, os resultados aparecem, a motivação cresce e realizar novas metas se torna mais fácil.

Escolher um tema é a parte criativa do planejamento. Ele funciona como a grande prioridade do período, ajudando você a manter o foco e evitando fazer tudo ao mesmo tempo.

Para definir seu tema, responda a essa única pergunta:

Por exemplo:
Tema para o último dia de todo mês: fazer o fechamento e o planejamento do próximo da sua empresa. Nesse dia, você vai focar em organizar a sua rotina, pendências, finanças e agenda para o próximo mês.

Tema do mês: melhorar o conteúdo da sua marca nas redes sociais, criar conteúdo, organizar e aprender mais sobre o assunto. Esse pode ser um tema para o trimestre caso você chegue a conclusão de que precisa de mais tempo – e tudo bem!

O tempo que você dedica ao tema depende do tamanho da sua prioridade: pode ser uma semana, um mês ou até um trimestre.

E lembre-se: você não precisa fazer tudo de uma vez – basta priorizar aquilo que mais importa agora.

Pensa comigo: não vai ser muito mais legal chegar em Dezembro com quatro metas muito bem realizadas do que um monte de ideias deixadas na gaveta?

Ou ainda com quatro hábitos muito bem consolidados na sua rotina do que uma bagunça de hábitos apenas iniciados? Muito melhor, né?

Com um tema definido e um planejamento estratégico pronto, o próximo passo é agir. E, muitas vezes, isso requer a criação de novos hábitos.

Falei sobre os 21 dias para criar um hábito por “ser um tempo” mais conhecido. Mas na verdade o processo para criar um hábito pode variar. Estudos científicos sugerem que, enquanto hábitos simples podem levar menos dias, hábitos mais complexos podem demorar mais de 200 dias.

Por isso, transforme hábitos complexos em hábitos simples e consistentes. Por exemplo:

• Hábito complexo: desenvolver uma rotina empreendedora mais estruturada. Nesse caso, comece com um hábito simples.
• Hábito simples: planejar a agenda do dia seguinte na noite anterior ou depois do café da manhã.

Com o tempo, pequenas ações diárias se somam, transformando sua rotina e os resultados do seu negócio. Quando sentir que é a hora, aumente a intensidade ou comece uma nova ação!

O planejamento estratégico te dá uma visão clara do “o que” e “como”. O tema traz flexibilidade e foco, permitindo que você ajuste o caminho ao longo do ano. Já os hábitos ajudam a transformar suas intenções em ações consistentes, facilitando a execução do planejamento de forma prática.

• Divida o ano em trimestres ou meses e defina metas menores.
• Crie um planejamento estratégico simples – com uma ou duas prioridades claras.
• Escolha um tema para guiar seu período e mantenha o foco.
• Crie hábitos pequenos, mas consistentes, que te aproximem dos seus objetivos.

Simplesmente comece: organize suas prioridades e metas para 2025 com coragem e constância. Pequenos passos criam grandes mudanças!

Julia é artesã, trabalha com velas aromáticas e sempre se viu perdida com as finanças da sua empresa. A cada fim de mês, sobrava pouco ou nenhum dinheiro, e ela nunca sabia exatamente para onde tinha ido nem quanto tinha faturado.

Em março, Julia decidiu que o tema do trimestre seria organização financeira. Durante três meses, ela dedicou 30 minutos toda segunda-feira para revisar as vendas e registrar os gastos da semana. Com isso descobriu que estava gastando mais do que precisava com materiais e criou o hábito de planejar as compras com estratégia e antecedência.

Como precisava de ajuda para entender os números da sua empresa, fez um curso de finanças para pequenas empresas. Com isso revisou seus custos fixos e variáveis, recalculou sua hora de trabalho, os custos de cada produto e chegou a conclusão que precisava reajustar os preços para aumentar a margem de lucro.

No final do trimestre, ela tinha suas finanças em ordem e mais clareza sobre como investir na sua empresa. Hoje, planejar as finanças é um hábito consolidado. Pela primeira vez, Julia conseguiu terminar o ano com uma reserva de emergência para a sua eu-empreendedora.

Com muitas boas energias,
da Cissa para vocês!

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